quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Sew'n Sing: costurando a vida com singeleza & poesia.


sew 'n sing from sew 'n sing on Vimeo.

Sew'n Sing é um trio de talentosas garotas do País Basco. Erika, Eli e Elise dedicam-se ao belíssimo trabalho de confeccionar artesanalmente capas para surfboards, em modelos que protegem de fish, a alaias e longboards. Vendo suas capas e a forma cuidadosa, apaixonada e simples com que as produzem, foi que me dei conta de quanta coisa bonita e inspiradora perdemos por tendermos complexificar as coisas e então nos cercarmos de aparatos digitais e nos afogamos no consumo desenfreado e insaciável das novidades tecnológicas. Dessa forma acabamos quase sempre como aquela velha aranha atrapalhada e incompetente, emaranhada na sua própria teia.

Erika e Eli...

Com isso construimos um tempo de completa distração, onde o mundo surge cada vez mais impaciente, cada vez mais impessoal, massante e autocentrado, onde as pessoas tornaram-se apáticas e herméticas, completamente deslumbradas ao brilho dos monitores e terrivelmente dependentes dos aparatos tecnológicos, que cada vez mais, intermediam suas relações pessoais e experiências diárias. O homem contemporâneo pasteurizou-se. Seguro em seu reino previsível e climatizado, protegido da rasura, do desvio acidental e da vida que acontece à sua volta, esse bicho moderno não se permite mais ao estado frugal e natural das coisas e das relações. Tornou-se incapaz de ver beleza onde não haja verniz.

Fish.
Portanto foi em nome dessa suposta felicidade, conforto e comodidade que nos afastamos cada vez mais da essência de tudo o que nos cerca e infelizmente, nos distanciamos também de nossa própria essência, a ponto de não mais nos reconhecermos. É engraçado notarmos que quando chegamos em casa e está tudo quieto e tranquilo, tratamos logo de ligar a TV, o computador, o iPod e tals. Somos incapazes de repousar, mesmo que por instantes, no silêncio de nossa própria mente. Nos reconhecer intimamente incomoda. Nossa quietude interior tornou-se algo insuportável e anti-natural.

Alaia.
E é nesse cenário que o trabalho destas garotas torna-se algo realmente relevante, inquietante e único, na medida em que o imprevisto & imperfeição são assumidos e bem vindos como parte do processo de criação e é justamente aí, onde mora a exclusividade de cada peça. Com o cuidado e tempo necessários, sem pressa e nem grandes pretensões, Sew'n Sing alinhava uma beleza singela, cheia de verdade e crueza, de onde a vida transborda em linhas, cores, padrões e texturas.

Longboard.
Conhecer iniciativas como a desse trio me renova, me revigora mesmo. Isso é algo que me deixa realmente muito feliz, pois percebo que ainda há muito de humano acontecendo por aí. Ainda resistem aquelas pessoas à moda antiga, que não abrem mão de preparar sua própria comida, de acordar cedo para integrar-se ao mar, de usar guarda-chuva para encarar os dias chuvosos, de experienciar a cidade a pé (ou de long!), de cumprimentar o dono da quitanda nas manhãs de terça, de comprar livros em sebos e contar histórias para seus filhos dormirem. Essa opção por uma vida menos impactante não a torna alheia à tecnologia, ao mundo contemporâneo. Pelo contrário, justamente por conhecê-la crítica e intrínsicamente é que ela a aceita e a faz uso com sabedoria, apenas dentro de suas necessidades, nem mais, nem menos.

Talvez a saída para nossas aflições atuais, continue sendo o "caminho do meio".

terça-feira, 28 de setembro de 2010

60 Polegadas no site Brasil Skate!

60Polegadas no Brasil Skate!

Êita surpresa boa! Essa semana o 60 Polegadas ganhou destaque no site Brasil Skate, o primeiro site brasileiro de skate, criado e mantido desde 1997 pela lenda viva do skate nacional, Cesinha Chaves! Atualmente Cesinha é editor e redator no Woohoo (canal de TV especializado em esportes de ação), onde faz o "Disaster" entre outros programas de skate como "Skate de A a Z" e o "Disater Reverse". Confira o post aqui!

Que a mente continue quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo Cesinha!

Mahalo bro!

domingo, 26 de setembro de 2010

The Blank Tapes na Serra da Mantiqueira

Matt Adams e os outros integrantes do The Blank Tapes.
"(...) there’s something in him too of the complete and casual confidence of the Southern California soul surfer—do you know what those are? They’re the ones who surf for spirit, not for sport, and when you think of sunsets over endless water you are thinking like a soul surfer and you are thinking maybe a bit like Matt Adams, too".

Ontém fomos conferir o último show dos californianos The Blank Tapes, em sua passagem pelo Brasil. A noite estava bastante fria. Subimos a Mantiqueira e pegamos uma neblina fechada (a impressão no volante era de estar jogando "Enduro" num Atari 2600, rs). Mas enfim, chegamos a tempo quando os caras, já no palco, iniciavam a segunda música. A apresentação rolou no Festival da Montanha, em Santo Antonio do Pinhal (SP), para um pequeno público que se acomodou tranquilamente na simpática "praça japonesa". A certa altura os mais animados subiram no palco, dançaram e dividiram os microfones com a banda no refrão. Praticamente uma festa de amigos.

O show foi muito bacana, embora a organização tenha deixado a desejar, a ponto do Matt ter que  solicitar, antes da última música, a descida do palco de um daqueles bêbados folclóricos da cidade que mandou uma coreografia bizarra durante uma música inteira. Mas enfim, isso não atrapalhou um final memorável com a bela canção "Long Ago".


Para quem não conhece o som dos caras, abaixo seguem dois videos com versões acústicas das músicas que compuseram a trilha sonora do comercial do Sonho de Valsa e que de certa forma, aproximaram o The Blank Tapes do público brasileiro.

Esse vídeo é de uma apresentação recente no Bazaar Cafe, em São Francisco CA. A canção é a "Long Ago", a música com a qual fecharam a apresentação em Santo Antonio do Pinhal...


... e essa é uma versão com ukulele de "Listen to the One":


Antes de chegarem ao Brasil, o Luciano Burin (SurfeCult) entrevistou o vocalista e guitarrista Matt Adams por email sobre as expectativas da turnê brasileira e as influências sonoras da banda. Confira aqui.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Banzai! Classic surf style!

 
 Banzai! Banzai! Banzai! Registro super bacana do multimidia australiano Thomas Stockwell! Para os fans do estilo de surf clássico no asfalto, esse vídeo é um prato cheio!!!

Surfite, Rat Fink & Ed Roth!

No post sobre o ditch da represa, em Porto Alegre, Kops comentou que nessa época (final dos 70) chamavam os skates de "surfites". Bom, não resisti e fui dar uma pesquisada e descobri que esse era o nome de uma dos Hot Rods de uma das lendas da Kustom Kulture norte-americana  Ed "Big Daddy" Roth (1932 - 2001), o pai de Rat Fink!

Ed "Big Daddy" Roth e seu mais pródigo filho, o corrosivo Rat Fink!
Rat Fink nos traços de Steve Fiorilla.

Bem, o Surfite foi um buggy concebido por Ed em 1964, tendo em vista as dificuldades de locomoção dos surfistas pelas praias californianas. Confeccionado em fibra de vidro, sobre o chassi de um Austin Mini Cooper, o Surfite apresentava um design bastante despojado, com linhas assimétricas e uma fenda em sua lateral direita, a qual acomodava perfeitamente uma surfboard da época.




Com esse apelo visual, o Surfite teve breves aparições no cinema em 1965, como no beach movie "Beach Blanket Bingo" e no filme B, "Village of the Giants", de Bert I. Gordon. O buggy de Ed foi lançado pela Revell. O kit era acompanhado por uma cabana de praia e mais duas pranchas singlefin.

Detalhe da caixa e manual do kit do Surfite da Revell.


Aqui um video do Surfite, dirigido pelo próprio Ed Roth!




E para quem se interessar fica o excelente (contra) documentário dirigido por Ron Mann, "Tales of the Rat Fink" (Canadá, 2006) sobre Ed Roth, a cena Kustom Kulture e é claro, Rat Fink!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Mieko-san! Omedetooo gozaimassu!!!

Êita japa estilera!!!
Feliz aniversário Mi!!! 
Toda poesia do mundo para você ermã!!

Belinda Baggs

Ahhh! Um pouco de inspiração... Ride clássico com graciosidade, suavidade e mucho flow!

Belinda Baggs noseriding. Foto Dane Peterson.


quinta-feira, 16 de setembro de 2010

A surf music crua & honesta de Los Coronas!

Los Coronas, sonido surf fronterizo!

Formada em 1991, em Malasaña, Madri,  por Fernando Pardo (guitarra), David Krahe (guitarra), Roberto Lozano "Loza" (bateria), Javier Vacas (baixo) e declaradamente inspirada e influenciada pela sonoridade primitiva do rock dos 50 e 60, Los Coronas tornou-se um dos mais conhecidos nomes da surf music instrumental espanhola. Sem abrir mão de referências mais puristas da surf music como Duane Eddy, Link Wray, Dick Dale, The Ventures e The Shadows, sua música absorve um inconfundível sabor hispânico que lhe confere um estilo peculiar.

 
Esse vídeo é animal! O guitarrista Fernando Pardo mostra um ride descompromissado, sem firulas, com "mucho flow" & surf style!

Nesse clip, os caras apresentam "Big Wave Riders", música que integra seu mais recente trabalho, "El Baile final... de Los Locos y Los Cuerdos", o qual apresentarão na 8ª edição do Amstel Surfilm Festival, em Bilbao. Disco composto por 12 canções, "El Baile final..." é uma trilha sonora para um filme imaginário, algo entre os Spaghetti Westerns e os documentários de surf de Don Brown. Dessa feita, chegaram a um resultado surpreendente ao apropriarem-se dos elementos de uma atmosfera sonora que nos remete à fronteira mexicana com os estados unidos. Suas canções tornaram-se capazes de invocar imagens e sensações que permaneciam no inconsciente coletivo  como uma lembrança esmaecida desse cinema. Assim, com sua música imagética, resgatam índices de suas primeiras incursões e deixam pistas dos rumos futuros de sua sonoridade fronteiriça.
"Una visión en la que las arenas de las playas californianas se unen a las arenas del desierto, logrando así un sonido surf fronterizo(...)"
Los Coronas

 
Aqui uma interpretação acústica de "Aguascalientes", no programa de rádio "La Jungla Sonora",  da Rádio Euskadi, em 2009.


Abaixo a discografia completa:

  • Tormenta (Animal, 1992)
  • Los Coronas (Tritone Records, 1995)
  • Gen-U-Ine Sounds (Tritone Records, 1996)
  • The Vivid Sounds Of... (El Toro Records, 2003)
  • Caliente Caliente  (Tritone Records, 2004)
  • Surfin' Tenochtitlan (Gaztelupeko Hotsak, 2006) -Edição espanhola
  • Surfin' Tenochtitlan (Isotonic Records, 2006) -Edição mexicana
  • El Baile Final... de los Locos y los Cuerdos  (Bittersweet Recordings, 2009)
Sequência de capas de 1992 a 2009.

Novas cores das rodas Surfeeling.

A Surfeeling acaba de lançar rodas com novas cores. Agora além da Clear Blue há também as opções Clear Green, Clear Purple, Clear Crystal e Clear Orange, que por sinal invoca as clássicas Cadillac Wheels, dos 70! No mais, seguem o set up original da Clear Blue, 65mm e 78 A.

Para os fans dos surf-skates Surfeeling, Wainer revela que há mais dois modelos de shape saindo do forno!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Represa, 1978.

Segue uma valiosa contribuição do amigo Renatão do site skateonline:

Paulo Campos (PC) batendo na parede e Kops ao fundo observando, 1978. Fonte Renatão/Skateonline.
Olhando a foto acima, ninguem imagina que esse pico animal é no Brasil!! Esse é um registro histórico, de 1978, do ditch de uma represa em Porto Alegre, que foi palco de muitas sessions da velha guarda gaúcha. Atualmente esse ditch possui uma tubulação de aproximadamente 1m de diâmetro, que percorre toda base da parede esquerda, revela Renatão, que retornou ao dicth 20 anos depois.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

60 Polegadas no site SkateOnLine!

60Polegadas no Skateonline!

Compartilho com vocês um post super bacana sobre o 60Polegadas, publicado no site SkateOnLine!
Mantido pelo Renatão, rider das antigas de Porto Alegre, o SkateOnLine é uma referência na cena brasileira, passagem obrigatória para quem realmente vive o skateboard nas ruas!

Confira o post aqui.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Seth Pettersen: So Fully!

O compositor, surfista, skatista, músico e contador de histórias Seth Pettersen!

Em algum lugar entre Bob Dylan, Wilco, Beach Boys & White Stripes você encontrará o "folky-beach" de Seth Pettersen. Nativo de Ventura, na Califórnia, Seth carrega em suas veias a influência da surf culture local. A história musical de Seth começa tão cedo quanto seus primeiros contatos com o skateboard e o punk rock.

Seth: sidewalk surf roots!



Nesse video com Sasha, Seth apresenta um ride com um surf style clássico!


Nesse registro de Seth, seu amigo Trevor tira uma onda na calçada, cheio de handjives!


Aos 13 anos, Seth participa como baterista de várias bandas de garagem, para aos 16 assumir a guitarra & vocal e fundar com seu parceiro e amigo de longa data, Trevor Beld, a banda Franklin For Short com a qual já gravou 7 albúns e percorreu toda Califa e boa parte dos EUA. Paralelamente ao Franklin For Short, Seth tem explorado em carreira criações mais autorais. Sua primeira experiência solo foi a gravação de uma demo, em 2003, chamada "Out of the picture", na qual pode apresentar toda sua versatilidade e talento como um multi-instrumentista. A partir dessa experiência, Seth compõe 12 canções, em 2005, e lança "Warmth" . Porém foi em 2009, como Seth Pettersen & The Undertow que esse músico californiano iniciou seu mais expressivo trabalho, o albúm acústico concluído em 2010, "So Fully" (Beehouse Records / SomisSound) .

Seth Pettersen. Foto Matthias Arnl.

Então, canções como "Baby Buddha", "We are water", "Ride it out" e "Deep in the wood" conquistaram os ouvidos mais alternativos e atentos da cena independente e levaram Seth Pettersen a compartilhar o palco com nomes como The Japanese Motors, Kings of Convenience, Tom Curren, Violent Femmes, Surfer Blood, Little Wings entre outros.
 
Com vocês: Seth Pettersen!


Video de "Baby Buddha" ("So Fully", 2010):





Pocket show em abril no Lou's Record, (Encinitas, CA).


"Deep in the Wood" by Seth Pettersen from Michael Chen on Vimeo.


Entrevista com Seth e Trevor, após o show no Lou's Record.




E para fechar, um filminho produzido por Seth, numa session especial com amigos no Dia de Ação de Graças, em Big Hobsons. A trilha sonora é de Django "Sweet Georgia Brown".



"Even though it wasn't the greatest surf we've been in, I couldn't help but feel good about the whole thing. This was fun." Seth Pettersen (Big Hobsons, 2007)

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Morro dos Guararapes, Intocarves & muita vibe!

O Caio, do crew Intocarves de Recife - Pernambuco, enviou esse video em HD, produzido e editado por ele. O registro é de uma session de carveboard recheada de surf style num pico animal, o Morro de Guararapes!

"(...)o Morro dos Guararapes é sem dúvida 
o nosso Havaí(...)"
Caio da Costa Moreira - INTOCARVES
 

Caio fala a seguir, sobre o crew e revela um pouco mais desse pico de tirar o fôlego de qualquer longrider!
"Um grupo de amigos de Recife - PE, praticantes do surf, bodyboarding e skate conheceram o skate carveboard. Aos poucos cada um foi adquirindo seu carveboard e praticando no Morro dos Guararapes, local de grande influência histórica para Pernambuco e Brasil. O morro possui ótimas ladeiras para a pratica do carveboard e longboard, desde o nível iniciante até o profissional. Lá no morro fomos conhecendo outros adeptos do carveboard, desse novo grupo de amigos, surgiu a ideia de formar em 2010, a equipe INTOCARVES. Sem nenhuma pretensão de sermos profissionais do esporte, mas sim de reunir a turma para dar um rolé nos fins de semana e dias de mar flat! Já desbravamos vários picos novos para praticar o carveboard, mas o Morro dos Guararapes é sem dúvida o nosso Havaí das ladeiras em PE, com um visual alucinante do mar a nossa frente, esse é o Morro dos Guararapes!!
Curtam o vídeo e boas ladeiras a todos!!!!!  Pazzzzzzzzz!!!!!"
Caio da Costa Moreira - INTOCARVES

É isso! Parabéns pra rapaziada do Intocarves pela vibe do ride!! E pô, valeu por compartilharem esse pico irado! Quem sabe um dia, não colo por aí num fim de tarde destes, para um role clássico com o pé no bico do meu sessentão!! Mahalo!!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Concrete Wave & Longboard

Ed Economy e seu quiver nos anos 70...
Jeff Ho e Ed com um modelo vintage da Zephyr, na Skatelab, em Simi Valley CA. Foto Juice Magazine.
"After all, longboarding is surfing, even if the waves are concrete" 
Ed Economy

A Concrete Wave de abril, foi inteiramente dedicada ao longboard e suas mais variadas possibilidades. Nesta edição há uma entrevista imperdível com a lenda do longboard Ed Economy, com o 'dancer' Adam Colton, com o brasileiro Douglas 'Dalua' além de uma matéria sobre a cena 'push culture' novaiorquina.


Push culture & traffic surfing

Lançado no final de 2009, "Shred - NYC Push-culture: A look at New York's longboard scene", de James Bailey, apresenta o traffic surfing praticado em NY, bem como um de seus mais conhecidos personagens, o longrider Solomon Walter Lang, (aka King Solomon, da Bustin Boards) que expõe numa entrevista, seus pontos de vistas a respeito da cena longboard e da "push-culture" novaiorquina, bem como suas experiências no crew Concrete Kings (o qual ele prefere se referir como um club de longboard). Essa publicação traz um ensaio fotográfico do próprio Bailey, que capturou cenas de um role de domingo pela Big Apple. São registros de um ride intenso & sem firulas, reflexo direto do espírito da cidade.

King Solomon. Foto Annah Rowe; Bustin Boards.
Concrete Kings após um mini bomb. Foto Annah Rowe; Bustin Boards.

A "push culture", que numa tradução livre pode ser entendida como a "cultura da remada" (ato de dar impulsão com um dos pés), surge da combinação da necessidade de deslocamento em trajetos flat & diversão. A idéia é muito mais cruzar a cidade e curtir a intensidade do ride, que por vezes, torna-se bastante perigoso para os menos experientes, dado o grande fluxo de carros, transeuntes e imprevistos. De qualquer forma, o fato é que esses novaiorquinos não se intimidaramm com o trânsito intenso de suas ruas movimentadas, tão pouco se desanimaram com a geografia plana de sua cidade, e nesse ponto, foram muito além e romperam com o paradigma de que longboard é sinônimo de downhill. Na minha modesta opinião, isso é um grande passo dado, pois transformaram tudo isso numa verdadeira (sub)cultura no longboard, reacendendo o velho cruising e se apropriando da cidade de uma forma positiva, prazerosa & sustentável.

Pushing! Foto Annah Rowe; Bustin Boards.

"I can take a trip from here to 3 blocks away 4 or 5 times a day and every trip wil be different. (...) Longboarding here isn't just for fun, it's one of the fastest way to get around." 
King Solomon

Por aqui, deixei para trás o tempo em que me limitava aos roles de fim de semana nos picos de pouco trânsito, para encarar a cidade de frente, cruzando-a diariamente, porem sem pressa e curtindo o flow ao ir e voltar do trabalho. Apesar dos percursos de ida e volta serem os mesmos, faço coro com o Solomon, pois a experiência de ride nunca é igual. Tudo é tão mutável e fugaz quanto o mar, onde o ride em cada onda é único e não se repete jamais.

Abaixo segue a publicação "Shered: NYC push-culture". Vale uma folheada digital!



Por falar em push-culture, acaba de sair do forno a versão final do filme "2010 Concrete Wave Evolutions DVD - Bustin Boards: Push Culture Longboarding NYC". Irado!



Video via Bustin Boards.